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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

PORQUÊ DAS ENFERMIDADES E MORTES PREMATURAS

Num assunto de tanta importância, que afeta nosso presente e futuro, não só como indivíduos, mas também como uma nação. O homem não morre; mata-se. A idade média do homem deveria ser 100 anos. Uma das causas da morte prematura está no modo irracional de nos alimentarmos. Em geral comemos muito e o que é pior não sabemos escolher os alimentos. Outro fator que concorre para a existência precoce, são doenças a que estamos expostos ao longo da vida. Hoje é provado que quase todas as doenças são evitáveis ou curáveis e para se obter esse resultado, só há um recurso – a alimentação. O artritismo e a neurastenia, tão freqüentes, a diabete, a obesidade, a enxaqueca, as doenças do estômago e do intestino, do coração, do fígado, dos rins, etc., são devidas quase sempre à alimentação exagerada e irracional. O homem pode, por meio de uma alimentação conveniente, adquirir ou conservar as saúde, prolongar a vida, legar uma boa constituição, um ótimo temperamento aos filhos, muitas vezes vítimas inocentes dos erros de regimes dos seus ascendentes. Infelizmente, não temos a menor noção do que uma alimentação racional, e é por esse motivo que pagamos caro as conseqüências da nossa ignorância. Os princípios mais elementares de higiene alimentar são desprezados; em vez de submeter os alimentos a uma mastigação cuidadosa, come-se apressadamente para não perder tempo e devora as refeições em 10 a 15 minutos. Para estimular o sistema nervoso, recorre aos tóxicos e excitantes, tais como o álcool, o chá, o café, etc.
Quando finalmente, após muitos anos de luta intensa e de sacrifícios, consegue atingir a meta dos seus desejos, e para se libertar daquele pesadelo tremendo que se chama a preocupação do dia de amanhã, a sua saúde, via de regra está comprometida. É então que ele vai bater à porta do médico e pedir-lhe que o livre daquele incomodo fardo.A medicina não faz milagres e, assim como o arquiteto não pode evitar o desmoronamento de um prédio em ruínas, também o clinico se vê muitas vezes impossibilitado de conservar a vida de um organismo que os órgãos apresentam lesões profundas e irreparáveis.
A superalimentação, principalmente cárnea, o abuso de outros azotados e de alimentos gordos e açucarados, o sedentarismo, o uso de bebidas alcoólicas e fermentados, e as auto-intoxicações, eis a base da degenerescência artrítica.
São estas as principais causas das diversas manifestações do artritismo, que não é outra coisa senão uma diátese de nutrição, caracteristicamente marcada por um desequilíbrio de assimilação e desassimilação (incapacidade metabólica), reunindo um grupo de doenças cuja causa radica na intoxicação do organismo pelo colesterol, pelo ácido oxálico e em especial, pelo ácido úrico, resíduo proveniente da combustão de substâncias albuminóides...
O artritismo compreende vários estados mórbidos: reumatismo articular agudo e crônico, gota, reumatismo deformante, reumatismo fibromuscular crônico, litíase (areias e cálculos biliares e renais), lumbago, obesidade, diabetes, hemorróidas, enxaquecas, eczema, certas neuroses (asma, hipocondria), nevralgias localizadas (especialmente ciática, gastralgia) e, como último processo, doenças do coração de origem arterial (arteriosclerose) com as suas terríveis conseqüências: nefrite albuminosa, apoplexia, paralisia, uremia, etc.
Todos estes estados mórbidos, quando não de origem hereditária, são devidos, fundamentalmente, a um defeituoso regime alimentar.
Na maioria destas doenças tem-se verificado excesso de ácido úrico no organismo, sob forma de urato de sódio, muito principalmente na gota, no reumatismo deformante e na litíase úrica...
A causa principal da produção do ácido no nosso organismo está nos núcleos-albumina, ditas de base púrica, as quais são substâncias químicas designadas genericamente com o nome de purinas. E estas independentemente das que o próprio organismo fabrica, provenientes do metabolismo nuclear (origem endógena), são nele introduzidas com os alimentos.
Portanto está em nossas mãos poder evitar esta fonte de produção de ácido úrico de origem exógena, derivado das substâncias nucleares dos alimentos.  Para tanto devemos abster-nos de ingerir artigos alimentícios que contenham maior quantidade de purinas que é o fator básico do desenvolvimento das doenças anteriormente citadas. Em pesquisas realizadas, foi constatado que em países com consumo de carne e álcool em abundância, principalmente na Inglaterra e América do Norte, a porcentagem de indivíduos atacados por estas doenças é muito elevada, a ponto de preocupar seriamente os dirigentes.
Fonte: Hospital Naturista – Prof. Alfons Balbach